sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 2 de julho de 2010
engraçado encarar isso justo agora...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completam
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Porém, por mais afazeres que tenho encontrado cada vez mais para ocupar a minha inquietude, a única coisa que me convém agora, é apenas escrever.
Ultimamente devo confessar que venho me encontrado ansiosa e inquieta dentro de mim, não me dando oportunidade suficiente para aproveitar apenas alguma coisa e, confessando novamente, tenho aquele medo desgostoso de não ter desfrutado propriamente de tudo que me foi oferecido durante esse tempo de “ócio”, por sempre esperar algo que não vem, mas também não me liberta da espera.
Por essa espera de um vulto quaisquer, fico eu ocupando minhas mãos e mente em vão no anseio de não estar desocupada a toa e por mais que deseje escrever algo sobre mim, mal consigo ocupar meus olhos apenas no texto (enquanto continuo a arrumar fotos, cadernos, ver notícias...)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
(acontece)
Como saber por certo que o que eu quero é possível?
Fiquei pensando que já faz tempo que esse tipo de querer não invade meu corpo. Sim, passei muito tempo ou me proibindo que acabei aprendendo de certa forma a aceitar essas proibições de forma natural.
Eu mudei enquanto o tempo passava, hoje sinto que as coisas que preciso e desejo vem de forma espontânea, por incrível que pareça. É bom mudar, mas é melhor ainda saber que eu não preciso me forçar mais a (quase) nada, que meu corpo saberá quando a vontade vir e aceitará – e pelo menos é isso que tenho descoberto em mim.
Estou destreinada, devo confessar e por isso pago o preço de me sentir sensível ao novo, um pouco desnorteada, mas ao final de uma forma gostosa e curiosa. Também sinto aquele desejo de procurar alguns sentidos, ou quem sabe um que me guie por um tempo, que me de um caminho para seguir e focar, pois o ano que passou me deixou, e me fez deixar, muito solta e frouxa em mim mesma.
Eu só queria saber como conseguir, como encontrar... quem sabe até utilizar a própria aflição que me encontro como uma força para entender o que posso fazer.
Por que na realidade eu sei o que quero, só queria aprender como alcançar algo que nunca me propus realmente aceitar e enfrentar.