A algum tempo eu passei a reparar mais em minhas redações para a escola. Nós somos obrigados a escrever não sei quantos textos com temas que nem temos tanto interesse e com gêneros que não fazem parte de nós, mas mesmo assim não há desculpa que vença a obrigação final: os textos devem ser escritos sempre com prazo.
Ontem eu passei o resto de minha noite (depois de algum tempo de continente imaginário) escrevendo dois contos, que confesso que gostei de fazer, mas que me forçaram a ir dormir tarde, acordar com sono e o mal humor de costume. Mas mesmo assim, eu os escrevi. Escrevi sobre pessoas que nunca vi, mas provavelmente devem existir por perto de mim. Escrevi também situações pelo qual nunca passe – e espero não passar. Mas mais do que isso, escrevi sobre vidas que não são minhas e escrevi em um dia sobre fatos que inventei, com facilidade e gosto.
Hoje com um pouco mais de tempo decidi vir postar em meu blog, que abandonei
por um fato simples: eu não sei escrever sobre mim. Mas agora com minha dor de cabeça e o cansaço que estou e tenho das coisas e a forma que vão, simplesmente prefiro nem pensar neste ser que convivo e habito, troco tudo isso por uma noite de sono e acordar apenas no dia de amanhã, para que não haja mais a necessidade de pensar e me definir, pelo menos por agora.
o mais legal no blog é que esses textos que fazemos "só para escrever" acabam se tornando o principais identificadores do autor do blog.
ResponderExcluireu sempre tive problemas com as redações do colégio, que me faziam acabar com essa idéia, um tanto equivocada mesmo, de que para se escrever tem que vir uma inspiração divina, como aquela palavra lá que aprendemos com o iuri, e que agora já esqueci. ou algo que deve surgir das profundezas do meu interior adolescente... hahaha, eu sou, de fato, muito adolescente.
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