Hoje enquanto saia do metrô, vi de relance uma face bonita que me interessou. Vestia roupas simples, tinha um cabelo loiro cacheado, olhos azuis e traços que contrastavam entre o forte, porém suave, e dizendo assim, pode parecer que a beleza é maior do que foi, porém está face (mesmo com a minha descrição o induzindo) não é de tanta perfeição assim. É daquelas belezas que parecem normais, porém eu me interesso sem motivo algum.
Nós nos olhamos enquanto eu abria meu guarda-chuva e seguia pela Av. Paulista em encontro de meu pai. Nenhum de nós ousou proferir palavras se quer. Eu continuei meu caminho pensando continuamente naquela face bonita e charmosa, que por alguma fração de tempo, olhou em meus olhos e acompanhou meus passos por dentro da noite. Eu pensei se deveria voltar correndo, pedir seu celular para colocar o meu numero, assim, quem sabe um dia, ele me ligaria e iríamos juntos sair e conversar, entre a noite, sobre nós dois, acompanhados da minha vergonha e a falta de jeito por sermos dois estranhos - ou quem sabe até, a noite do mesmo modo poderia ser surpreendente e nós dois podíamos ter assuntos dos mais variados. Mas sendo de uma forma ou da outra, eu não me importo, por que no fim eu voltei ao meu caminho e apenas o vi novamente enquanto estava no carro, e ele esperando o ônibus, ou algo a mais.
Eu fico pensando em quanto esses amores platônicos já me fizeram sofrer e querer parar de tê-los a todo momento. Já quis e fiz de tudo para eles sumirem; para que eu pudesse mudar e perder todo aquele coração que só queria se apaixonar perdidamente por alguém que retribuísse também. Por que no fim, é mais fácil desta forma, pelo menos para mim, que hoje vivo desta maneira, cada vez com mais dificuldade de encontrar forças para sair do escudo que me escondi.
Amar não é fácil, achar alguém também não. Porém, hoje eu sinto que cada vez mais regredi àqueles amores platônicos, como o tal do metrô, que junto com outros, são amores passageiros, que ajudam a camuflar o meu medo de amar.
sempre quis andar no metrô de são paulo. você paulistas falam dele de um jeito tão romantico que penso que aventuras me esperam!
ResponderExcluirNão desista do coração, Rê.